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terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Biografia de Socorro Figueiredo




Socorro Figueiredo: Entre a imagem e a poesia

Fotografia e poesia são sinônimos para a maranhense Socorro Figueiredo. Com a poesia ela traduz sentimentos em palavras e, com a fotografia, imagens se transformam em poesia. Mas é com a fotografia que Socorro, nascida em Santa Inês,  nos presenteia com uma visão de mundo singular, onde pessoas e paisagens ganham uma tradução única e definitiva.
Socorro Figueiredo teve contato com o que viria a ser a sua arte ainda criança  pois era comum a família marcar dia e hora para tirar retrato com “Seu Catarino”, do Vale do Pindaré. Aos 17 anos o irmão comprou uma câmera compacta que chegou via Correio. Socorro descobriu o esconderijo da máquina e, na ausência do irmão, deu os cliques que despertou sua paixão pela imagem.
Naquele mesmo ano comprou a sua própria máquina e saiu captando os instantes do Vale do Pindaré – as quebradeiras de coco em ação, trabalhadores rurais, times de futebol, festas, enfim, tudo que via pela frente tornava-se eterno na sua visão de mundo.
Em 1999, na Escola Focus, em São Paulo, Socorro Figueiredo fez curso de fotografia e passou a aliar a intuição e a arte à técnica. No ano seguinte, fez um ensaio sobre a cultura popular do Vale do Pindaré – que serviu de base para trabalho dos universitários do curso de Letras da Faculdade Estadual do Maranhão, localizada em Santa Inês.
Ainda no ano 2000, realizou na agência do Banco do Brasil de Botucatu, cidade do interior paulista onde reside, a exposição “Um Olhar”. Em 2001, participou do projeto “Foto São Paulo”, uma jornada pela recuperação do centro velho da capital paulista e participou, ainda de oficina de fotografia no Sesc Pompéia.
Em 2002 produziu cartões postais e fotos para camisetas e, ano seguinte, realizou a exposição “Retratos de Pindaré”, em Santa Inês.
A fotografia já rendeu três prêmios para Socorro Figueiredo, todos em exposições e concursos realizados em Botucatu.
A fotógrafa, que traz o Maranhão no coração onde quer que esteja, retomou um grande projeto fotográfico apenas em 2011, quando voltou ao Vale do Ribeira, região Sul do Estado de São Paulo onde morou nos primeiros anos da década de 1980, para integrar, junto com outra fotógrafa, o projeto “Dois Olhares”, que prossegue fotografando a região que tem a maior porção virgem de Mata Atlântica do Brasil. Integrando o projeto “Dois Olhares” há, ainda, uma produção de cartões postais poéticos e a exposição “Águas do Ribeira”, que busca patrocínio cultural.
Como se vê, a inquietação da fotógrafa e sua visão do mundo passeiam com desenvoltura entre o Nordeste e o Sudeste de um Brasil que precisa, cada vez mais, ser traduzido em imagens que flertam com a poesia.

Biografia de Ezequias Gomes

Ezequias Gomes, Arte e Façanhas

Ezequias Gomes da Silva nasceu no dia 04 de dezembro de 1952 em Vitorino Freire, Maranhão. Filho de Manoel Alves da Silva e Dina Gomes da Silva.
Aos dez anos de idade mudou-se para Santa Inês do Maranhão, onde continuou seus estudos, cursando contabilidade. No período escolar, foi eleito presidente da USE (União Santa-ineense dos Estudantes), foi professor de educação artística em diversas escolas de Santa Inês. Foi um militante político nos terríveis anos de opressão, vividos pelos brasileiros. Destacou-se ao assumir por alguns meses o cargo de vereador ocupando a vaga deixada por Pedro Filho.
Pintor modernista, desenhista, ilustrador, caricaturista, músico, compositor, autor, ator e poeta. Sua arte contribuiu significativamente para a distinção da arte santa-ineense
Tornou-se um artista plástico respeitado no Maranhão, expondo inclusive na Aliança Francesa, recebendo elogios dos críticos de arte da capital.
Participou dos grupos teatrais TEASI e RAIZ. Como compositor, concorreu nos festivais de música popular de Santa Inês e Imperatriz, obtendo o 3º e 5ª lugar respectivamente. Fundou o grupo de música regional Sapeka, que fez uma série de apresentações no estado.
Uma de suas grandes façanhas como chefe de departamento de cultura, foi realizar seis edições do FEMPSI (Festival de Música Popular de Santa Inês), evento que divulgou nossa cidade para o Norte e Nordeste inteiro, premiando a competência com seriedade.
Como um mestre de ofício encaminhou muitas pessoas para o mundo das artes, tais como: Raimundo André, Dito Guedelha, Doutor Neto, Flávio, Agisser e Chicão. É um homem que se entregou de tal forma ao seu fazer fantasista, chegando várias vezes a transcender no momento criativo. Esse seu estilo totalmente entregue, nos faz lembrar o filósofo alemão Friedrich Nietzsche, quando afirma com propriedade: “temos a arte para não morrer da verdade”. 


Raimundo André 

sábado, 27 de dezembro de 2014

Objetivo


Este texto de abertura do blog cultura em SI começa investigando o conceito etimológico da palavra cultura, que vem do latim cultura-ae, cognato do verbo colo-colui-cultum-colére que, por ser usado com diversos significados, formou uma grande família de palavras. Alguns sentidos de colére são: encontrar-se habitualmente cultivar, morar em, cuidar de, adornar, preparar, proteger, ocupar-se de, realizar, cumprir, praticar, honrar, venerar, respeitar.

Cultura e culto são termos procedentes da mesma raíz. São cognatos, portanto. E significa acervo de conhecimentos advindos da experiência de vida, do cotidiano, a cultura caracteriza os integrantes da mesma Nação quanto à maneira de viver, quanto ao modo de formar e de conceituar o corpo de valores e de costumes que lhes são próprios.
Pois bem, depois de ver a evolução diacrônica deste vocábulo, eu paro um pouco o helicóptero dos meus pensamentos para averiguar a riqueza cultural de minha querida Santa Inês, que se aproxima dos 50 anos, e nos enche de orgulho pela qualidade da sua história cultural.
Uma cidade que viu o Ezequias Gomes pintar mais cores que um arco-íris, capaz de amar incondicionalmente o Raimundo Soldado, de amanhecer ao som das serestas memoráveis do Zé Maria Viana e de escrever algumas páginas com Antonio José merece realmente ser divulgada.
A intenção deste blog é divulgar grandes nomes que ajudaram a construir o nosso patrimônio cultural. De tal forma, que possamos reconhecer nestes seres alados as suas virtudes criadoras. Estarei sempre postando textos, imagens, vídeos sobre a nossa Ponta da Linha.

Faço isso, porque sei que a cultura é uma necessidade imprescindível para as nossas vidas!